domingo, 22 de maio de 2011

Ainda há tempo para aprender um pouco mais.

No dia nove, deste mês de maio, minha mãe se internou para se submeter a uma cirurgia  (mastectomia radical) e eu também me internei com ela. Nos quinze dias seguintes fiquei exclusivamente para cuidar dela, seja no hospital, seja na minha casa. Interessante que ela olhando pra mim e sempre me vendo atarefada, cuidando dela, da casa, da comida, das roupas para lavar etc, falava: - Ô minha filha, estou com pena de você. Foi aí que fiquei pensando naquela frase que, de certo modo, desceu de forma indigesta. Alguns dias depois, em um momento de conversa, parei e falei pra ela: - Mãezinha, embora a senhora seja idosa, ainda pode se esforçar para aprender certas coisas da vida. (olhem só, quem diria que um dia eu estaria ensinando algo para ela?) Então passei a lhe falar sobre o agradecimento. 
Eu compreendi exatamente o que minha mãe quis dizer sobre o "ter pena", mas não era o melhor a se ouvir de quem você ama. Quando você ama, gosta, tem afeto ou um compromisso (seja profissional ou não), o que você faz para esse alguém acontece de forma expontânea e com alegria - esse era o caso,  pois eu estava cuidando de minha mãe e, mesmo sendo trabalhoso, fazia tudo com carinho. Foi aí que eu disse para ela: - Mãe, não devemos dizer que sentimos pena, pois este é um sentimento que não devemos ter das pessoas (para pessoas devemos ter compaixão, misericórdia, amor etc, pena acontece, na verdade, quando  sentimos desprezo), nós devemos é ter gratidão. Mãe, gratidão é: aceitação + reconhecimento. Aceitar a ação que é feita em nosso favor, pois se podemos ou não fazê-la por nós mesmos é sempre importante aceitar quando o outro faz. Reconhecer é compreender o altruísmo e amor dispensado através daquela ação. Assim, é muito melhor simplesmente dizer: - Sou grata pelo que você está fazendo; ou, muito obrigada por tudo. Isso anima e revigora a alma de quem age e traz humildade para o coração de quem recebe.
Essa é uma lição da qual também sou alvo de aprendizado. Tenho vivido  esse binômio (aceitação + reconhecimento = ser grata) e isso tem sido bom pra mim, embora precise aprender ainda mais. E o melhor ainda foi poder compartilhar essa lição com minha mãezinha que recebeu com muito carinho tudo que falei. Quem disse que não se pode aprender com os mais novos também?

sábado, 21 de maio de 2011

Uma simples mensagem

Romanos
5.3b [...] sabendo que a tribulação produz perseverança;

5.4   e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.

15.4   Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.


O texto acima é um recorte da Bíblia, mostrando dois capítulos do mesmo livro: Romanos. Interessante como algumas pessoas simplesmente resolvem ignorar a leitura por achar (a Bíblia) um livro ultrapassado ou que os livros escolhidos consistem na vontade de poderosos. Não cabe falar sobre isso aqui, mas não posso deixar de dizer que observar tudo e reter o que é bom SEMPRE É BOM, sempre nos melhorará ou acrescentará algo à nossa existência. É o caso desses versículos.
As questões da vida sempre se processam de forma concatenada, sempre uma coisa leva a outra, mas muitas vezes não percebemos isso. Eu estava à procura de esperança para a minha vida  e fiquei muito surpresa ao ler esse texto. A princípio achei muito duro, pois no início do fio está a tribulação para que, na outra ponta, esteja a esperança, mas depois descobri que esperança só tem quem já viveu bem e conseguiu ganhar batalhas. Assim, em outras circunstâncias adversas, se terá esperança com base na vivência de outras experiências.
Então, não devemos pular os estágios, mas aproveitá-los ao máximo, retirando todo o ensinamento necessário para que melhor se possa viver nesse mundo tão conturbado.