domingo, 27 de fevereiro de 2011

O que é o amor?

Existe algo em mim que faz com que haja esperança, que eu não desacredite na humanidade, que eu ainda creia que o novo é possível, que o bem é maior. Existe algo que me consola, que me dar forças, que me traz felicidades. Existe algo que é singelo, puro e bom. E que bom que existe em mim, que bom que é também oferecido a mim. Que bom que existe o AMOR! (Lídice Domingos)




O que é o amor

Maria Rita - Composição: Arlindo Cruz / Maurição / Fred Camacho

Se perguntar o que é o amor pra mim
Não sei responder
Não sei explicar
Mas sei que o amor nasceu dentro de mim
Me fez renascer
Me fez despertar
Me disseram uma vez
Que o danado do amor
Pode ser fatal
Dor sem ter remédio pra curar
Me disseram também
Que o amor faz bem
E que vence o mal
E até hoje ninguém conseguiu definir
O que é o amor
Quando a gente ama, brilha mais que o sol
É muita luz
É emoção
O amor
Quando a gente ama, é um clarão do luar
Que vem abençoar
O nosso amor

Ninguém é insubstituível...

Essa é uma proposição bem conhecida e, de pronto, posso dizer que é verdadeira, porém, para aplicação na complexa estrutura relacional do ser humano, está bastante resumida, ou melhor, incompleta.
A veracidade da frase é facilmente visualizada em diversas situações e segmentos da vida. O maior exemplo, talvez, esteja explicitado no âmbito profissional. Pela ciência de tal afirmação, as pessoas a cada dia se esforçam mais para se superarem e inovarem dentro de suas funções, sob pena de serem consideradas “fora do padrão”, “a desejar” e de, consequentemente,  serem substituídas. Ainda, por mais destaque que se tenha, por mais competente que se seja, mesmo que naquele setor só exista uma pessoa a desempenhar determinada função, não devemos subestimar essa afirmação, tal pessoa pode sim ser substituída, ainda que isso implique em um processo lento ou traumático.
Outras aplicações possíveis podem ser elencadas, como a substituição da mãe biológica pela mãe adotiva, de um amor que se foi por outro que surge, a substituição de paradigmas. Por mais dolorosa que seja a aceitação do fato, sempre podemos substituir. Acredito que isso esteja ligado à capacidade de adequação/mudança do homem. Das questões mais objetivas até as mais subjetivas, tudo pode ser substituído, tudo pode mudar.
No entanto, as relações humanas são complexas por sua própria natureza, o que torna a afirmativa incompleta por conter em si um caráter absoluto incompatível com as irregularidades humanas. Em razão disso, a frase precisa ser corrigida, pois existem situações em que as pessoas são sim insubstituíveis. Eu visualizo duas situações possíveis para tal. A primeira, quando tornamos o alguém insubstituível, dando-lhe o título (e aqui não cabe tratar se de forma merecida ou não). Por vezes, declaramos e damos esse papel a alguém, colocando-o num nível de intangibilidade, seja pelos sentimentos, seja pela atuação das circunstâncias. Essa pessoa acaba se tornando insubstituível por nossa vontade de não querer colocar outra em seu lugar. É assim, nossas vontades determinam a existência de situações das mais variadas, ainda que bizarras e incompreensíveis.
A segunda situação é bem simples, mas de uma beleza extraordinária. Existem pessoas que se fazem insubstituíveis em nossas vidas. São pessoas comuns e imperfeitas, porém com uma disposição em acertar na vida capaz de diferenciá-las de modo grandioso. Quando essas pessoas chegam a nossas vidas, compartilham o que tem na alma, porém, por um motivo maior, vão embora e tentamos substituí-las. Tentamos utilizar nossa capacidade de adequação, no entanto, por mais que nos esforcemos, não conseguiremos colocar qualquer outra pessoa ou coisa para tomar seu lugar. Elas se fizeram relevantes e, embora sigamos com nossas vidas, não deixaremos de admitir que essas pessoas não serão esquecidas.
Assim acontece com um pai que falece ou com um amigo que parte para uma terra distante. Na certa não serão jamais substituídos, a única coisa a fazer será compensar a perda. Então compensaremos as faltas com um filho que venha a nascer ou com uma nova amizade, todavia, jamais substituí-los.
Então, creio que essas são as exceções à regra. Por isso, eu reescrevo a frase da seguinte forma: ninguém é insubstituível, salvo quando determinarmos isso ou quando elas forem relevantes ao ponto de se tornarem isso. Eu sigo a regra, no entanto, quanto às exceções aplicadas à minha vida, prefiro  não depender da minha vontade, ou seja, prefiro a segunda opção que evita enganos e desproporções.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Revanche - Léo Maia

Revanche, pelo dicionário Priberam da Língua Portuguesa, significa não só a equivalência de vingança, mas a recuperação do que foi perdido.



"Se a dor marcou seu coração
Outro amor vai te curar
Sai da solidão
Tem medo não
De novamente se entregar
Se caiu levanta desse chão
Viver é se arriscar"

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Poema

Antes de escrever este poema, passei alguns dias "matutando" sobre o tema. Eu realmente queria falar sobre isso, até queria uma inspiração real para me ajudar, só que realidade alguma existiu. Desse modo, surgiu o meu primeiro poema (e até a presente data o único) que eu fiz sem que houvesse o mínimo de interferência externa/interna (por circunstâncias, sentimentos etc), foi apenas fruto da imaginação e do desejo de descrever algo tão bonito e bom. Assim, segue abaixo mais um pequeno poema:


Sentindo-te


No início meus olhos se fixaram nos teus.
Logo, como que sob um feitiço, fui me aproximando.
Nossos corpos se uniram e nos abraçamos.
Foi inevitável... passei a te sentir: úmido, molhado.
Sentia teu calor e a maciez do teu toque.
Inebriada pelo teu sabor, desejei prosseguir.
Meu corpo tremia.
Num movimento de entrelaces tudo foi acontecendo.
Ritmadamente tu me sugavas. Sugava-te, também.
Exigia de ti a concretização do querer e me mostraste.
Envolvendo-me num êxtase transcendental, eu pude saber sobre ti.
Pude te ver e sentir de modo inimaginável.
Deliciando-me percebi, então, que essa vontade só aumentaria, jamais teria fim, pois não iria deixar de reviver essa experiência.
A experiência de te beijar, como hoje aconteceu.

Lídice Domingos – Escrito em 08/11/2010.

Poema

Na madrugada do dia 25 para 26/09/2010 eu tive um sonho bem estranho. Esse sonho foi longo e continha duas partes. Em uma delas vinha um homem ao meu encontro, o qual eu não conseguia ver o rosto, mas conseguia ver como era fisicamente. Ao chegar junto, ele estendeu sua mão, me levantou, pois eu estava sentada, e me abraçou. Nesse longo abraço não nos contínhamos e acabávamos nos beijando. A sensação era tão boa, era como se eu soubesse que ele era pra mim, a pessoa tão almejada que tornaria o amor bom para dois.
No desenrolar desse quadro, outra pessoa falava para alguém, com quem estava conversando, que tinha permitido essa pessoa para mim. Pareceu-me uma revelação divina de que haverá alguém para alegrar meus dias. Sendo assim, não tinha como não colocar num papel o sonho que me trouxe esperança na correspondência de um amor, por isso, no dia 26/09/10, corri para o papel e fiz este simples poema, que agora posto abaixo:

Por onde andarás?

Acordei-me com um desejo de conhecer quem eu não conheço.
Desejei ter quem não tenho.
E tudo isso por que eu sonhei com você.
É, sonhei com você em um rosto ainda informe, uma incógnita para mim.
Senti-me feliz por ver que você vinha ao meu encontro.
Você me encontrou e me quis.
E foi um sonho tão real que, ao unirmos nossos corpos num abraço, eu te senti e foi bom.
Pude sentir a tua pele, pude ver a tua boca, pude beijar teus lábios e me sentir bem.
Mas, onde será que você está?
Por que você deve ser real, não deve ser só um sonho meu.
Se você estiver me procurando, eu digo: - Estou aqui.
Estou aqui esperando, querendo e desejando que o novo aconteça.
Mas se apresse, chegue logo, pois já passo a sentir saudades do futuro.
Já anseio o que virá de bom quando formos “nós”.
Mas, agora, continuo assim: esperando você.
Esperando para que o seu toque possa ser real.
Para realizar o imaginário.
Para que sua presença tire de mim as mágoas e frustrações, 
reacenda a chama da paixão e desperte novamente em mim o amor.

Lídice Domingos (26/09/2010)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Temos mesmo que passar pelo fogo?

Durante esses dias estive analisando algumas das muitas dificuldades que tenho enfrentado. Impressionante como tudo começa a surgir de uma vez só e aí é que perguntamos se existe alguma razão para tantas dificuldades e tempestades na vida ou se isso vem de forma gratuita mesmo.
De modo que automático, me vi dizendo para uma amiga: - eu tenho que passar por isso tudo mesmo, acho que tenho algo a ser moldado. Depois, como sempre acontece, fiquei ruminando a ideia. Muitas pessoas falam do fogo como sinônimo de provação, intempéries da vida etc, foi a partir disso que passei a tentar compreender duas formas de uso do fogo. A primeira consiste no trabalho de fundição do metal. No site da metal mundi ( http://www.metalmundi.com/si/site/0130) tem a seguinte definição básica desse processo: "O Processo de Fundição é o processo de fabricação, contido de diversas atividades e etapas técnicas, que visa fabricar peças metálicas, no qual um metal (ou liga metálica) inicialmente no estado físico sólido é fundido e passa para o estado físico líquido, no intuito de ser preparado para preencher corretamente a cavidade de um molde, com o formato e medidas exatas da peça a ser produzida, visando solidificar corretamente este metal, neste molde e reproduzir a peça desejada" (grifo não presente no texto original). A segunda forma seria o trabalho de olaria. Segundo o wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Olaria) uma das rotinas da olaria é, depois da secagem ao sol, a exposição da peça ao fogo.
No frigir do ovos, vai para o fogo de um jeito ou de outro. Então percebi que, mesmo que num impulso, não falei bobagem. Na adequação do nosso ser para a vida, realmente precisamos passar por coisas difíceis e dolorosas  como o fogo.  Na primeira opção temos algo sólido que não estava no formato adequado para o uso, ou qualquer outro fim,  e o fogo foi necessário para tornar o metal moldável. Na segunda opção, temos o uso do fogo para fixar o que já havia sido moldado, como um meio de evitar que a peça novamente amolecesse e perdesse a forma. 
A síntese é que, seja para quebrar o orgulho ou intolerância, seja para firmar um caráter em nós, as dificuldades da vida se tornam ideais e necessárias. Muitas pessoas podem enxergar essa visão como algo estilo "Pollyanna", eu prefiro enxergar como um meio de evitar o desespero  e de aproveitar para simplesmente amadurecer. Talvez se todos procurassem tirar proveito das dificuldades,  de muitas outras seriam poupados. Quanto a mim, estou tentando tirar as devidas lições dessa fase.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O início

Hoje resolvi efetivar a ideia de compartilhar meus pensamentos e sentimentos com o mundo. Não sei exatamente o que surgirá a partir de então, mas sei que o meu empenho será transmitir as razões e emoções vividas e/ou desejadas por uma alma que sente de forma intensa os seus momentos. 
O título do blog sugere que partindo de direções antagônicas (da razão à emoção, da emoção à razão) o choque entre elas causem em mim o entendimento e a vivência do equilíbrio, este tão sábio e necessário ao bom viver. Essa é, então, a minha pretensão: expor meus pensamentos, sujeitando-os à boa crítica, e me auto avaliar, dentro de um equilíbrio entre meus princípios, valores e paixões e a nova realidade do mundo.  
Logicamente, isso significa eventuais erros e contradições, por isso espero que este espaço seja para uma aprendizagem mútua, em outras palavras, um local onde o erro é permitido, desde que o desejo tenha sido o de acertar.

Beijos,
Lídice Domingos