sábado, 9 de julho de 2016

Saindo da rota da idiotice.

Passei tanto tempo sem escrever, porém não sem sentir. Ainda continuo com pensamentos entre a razão e a emoção em tudo que faço ou vivencio. Isso tem sido confuso por inúmeras vezes, pois conciliar coisas tão distintas é bem difícil e acabo percebendo que deixo de viver. Isso mesmo, simples assim, deixo de viver daquele modo gostoso e despreocupado, deixando rolar o que tenha que ser e não me preocupando com o que não foi.
A sexta (08/07/16) foi um tanto quanto estranha. Cheguei do trabalho, passei no sushi, trouxe para casa e fiquei sozinha assistindo filme, olhando a internet sem ter muito o que fazer. Isso tudo começou a me angustiar, pois poderia estar passeando, conhecendo pessoas etc, mas não...estava como sempre, só. Não demorou muito para que a tristeza me envolvesse...ela sempre quer abraçar quem vive pensando muito e já sentiu o toque da angústia.
Depois liguei para uma amiga e comecei a comentar sobre estar cansada de desencontros. Sim...desencontros. Sempre que chego perto de alguém ou alguém chega perto de mim, tudo começa tão lindinho, mas sempre algo atrapalha o meio de campo, então sempre há o desencontro, no lugar do encontro, de se conhecer um ao outro. Engraçado que voltei a assistir o filme e uma das personagens falava algo exatamente igual.
Bem, não importa. Sei que certas experiências não são agradáveis, mas ponderando todas essas coisas, chego a conclusão de que estou sendo bastante idiota e os motivos são vários. É idiota na forma de agir, em me importar tanto com certas situações, em tentar sempre me justificar, em querer fazer com que me compreendam e até que me amem e aceitem.
Então, analisando, não tenho que estar reclamando da vida, senão não poderei vivê-la. Por outro lado, de que vai adiantar desabafar com algumas outras pessoas, ninguém nunca saberá o quanto o sapato aperta seu calo, embora algumas sejam atenciosas o suficiente para tentar ter uma noção. No entanto, a grande massa não está interessada nos seus problemas, na sua solidão, no seu jeito desajeitado etc. E foi aí que lembrei de algo tão simples: só eu posso fazer a opção por mudar.
Sei que esse período de adaptação a viver só e estar sem minha mãezinha tem me deixado um pouco tagarela, porém preciso voltar a ser "mais ouvidos e menos boca". Eu me importo com as pessoas e isso basta, não posso exigir delas o mesmo. Também, não creio que me adeque ao estilo contemporâneo de vida, onde se vale o que se tem ou o que se oferece. 
Em suma, se temos que fazer uma limonada da vida, tenho que começar fazendo da solidão a minha aliada. Se acredito que sempre há algo bom em tudo, não será diferente com o fato de estar só. Talvez esteja sendo poupada de alguns dissabores e, embora a companhia proporcione vivências mil, enquanto estou só, não posso deixar passar a oportunidade de ter experiências em minha própria companhia. Assim, que eu assuma ser feliz de qualquer jeito!