domingo, 20 de maio de 2012

O amor nunca acaba...

Um dia ouvi de uma pessoa que se o amor terminasse é por que nunca foi amor. Achei muito estranho e pesado, principalmente para mim que passei por um divórcio e vi o amor acabar. Depois depois que ouvi esta frase não quis expor minhas opiniões acerca do que pensava, pois percebi que não seria o momento, apenas passei a observar o porquê da pessoa ter dito isso e o que aconteceu na minha vida.
Meses depois cheguei a minha conclusão: O AMOR NUNCA ACABA, MAS MORRE!
Vou explicar melhor tudo isso, porém primeiro quero dizer que tudo aqui neste plano pode morrer. Acreditar que o amor não morre pode ser um meio de se aprisionar a um amor fantasma (que já morreu, mas que vive assombrando você). Eterno, na literalidade e com absoluta certeza, só o amor do Pai.
Mas voltemos à frase da minha conclusão: O amor nunca acaba, mas morre. Parece bastante paradoxal, já que morrer fatidicamente é acabar. No entanto, o amor, por ser um sentimento sublime e superior a todos os outros, tem em si mesmo uma fonte inesgotável que proporciona constante renovo quando cuidado. Bem, aí está a palavra chave para a segunda parte da conclusão: o cuidado.
O amor é um sentimento altruísta. Quando falamos no amor Ágape (o amor de Deus) ele é plenamente incondicional, mas quando tratamos do amor eros (o amor entre homem e mulher) ele é totalmente condicional.   É nesse tipo de amor que quero focar e do qual saiu a frase anteriormente exposta. Por mais que você queira dar e doar, você naturalmente requererá um retorno, mesmo que inconscientemente. Posso comparar a relação do amor eros a uma plantinha que colocamos na mão do outro. É exatamente assim, o outro acaba sendo peça chave para manutenção do nosso amor.
Bem, por mais clichê que pareça, numa relação estamos sim para fazer o outro feliz. Recebemos em nossas mãos a plantinha do amor do outro e, do mesmo modo, o outro recebe a nossa plantinha em suas mãos. É algo vivo e, como tal, necessita de cuidados para que cresça e se fortaleça. O descuido, o descaso, a indiferença maltratarão o amor e pouco a pouco a sua energia secará, pois esses sentimentos bloqueiam a fonte. Um sentimento de uso se apoderará de quem entregou sua plantinha e a vê sem cuidados nas mãos do outro e, mesmo que tardiamente, o amor próprio se manifestará, fazendo com que a pessoa se desligue da plantinha que jaz seca nas mãos de algum "delinquente".
Não quero aqui fazer um discurso de uma pessoa frustrada, desenganada ou coisa do gênero, muito menos faço apologia à quebra de relacionamentos, pelo contrário, quero apenas declarar que a morte de um amor, embora dolorosa, dura, triste e pesarosa, sempre dá espaço para o novo. Sempre nesses momentos o seu amor próprio pode estar em ebulição interior, querendo um espacinho para desabrochar, para fazer com que a dor seja minimizada, para ajudar a superar.
Eu continuo crendo no amor eros, embora os outros sejam mais estáveis (Ágape, philos, fraternal). Acredito que o amor nunca nasça para morrer, mas situações alheias a sua vontade podem matá-lo. Talvez aceitar isso (a morte do amor) seja simplesmente se abrir para uma nova tentativa, seja proporcionar a si uma nova chance para, quem sabe, encontrar alguém disposto a cuidar do seu amor, tanto quanto você cuidará do dele. A não aceitação pode, em contrapartida, ser um martírio sem fim, um aprisionamento que trará grandes transtornos para o nosso eu e para o nosso viver.
Assim, se alguém te magoou ao não cuidar do que era seu, dê primeiramente uma chance para o seu amor próprio te curar e não se feche por causa do seu erro (dar algo para quem não sabia cuidar), siga em frente, a vida pode te mostrar um outro alguém com quem você possa experimentar o cuidado recíproco e uma felicidade sem par.
Para finalizar, deixo abaixo uma frase que traduz um pouco essa esperança em continuar seguindo na vida, no mais, VIVA O AMOR!!!

" Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto..."
(William Shakespeare)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Preparando-se para vida.

No dia 28 de abril de 2012 fui com umas amigas do trabalho fazer um programinha cultural no Cine PE. O que não poderia imaginar era encontrar uma das maiores lições para a vida. O primeiro longa metragem apresentado emocionou a todos e arrancou lágrimas dos olhos de muitos, inclusive dos meus. O longa: À beira do caminho, clamava por uma atitude frente aos traumas da vida. É a necessidade do recomeço, do fazer diferente, de tomarmos uma atitude, tomarmos as escolhas que mudem o nosso destino.
No entanto, uma frase me chocou bastante. Inicialmente eu não a compreendi profundamente, mas logo após, ela foi penetrando no meu consciente tão intensamente que não tive como não me render à sabedoria ali exposta. A frase é a seguinte: 

"Espere sempre o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier"

Esperar sempre o melhor, traduz a esperança, a fé, o bom astral e ânimo. É importante termos o pensamento positivo, algo que nos faça querer avançar e crer que o bom estar por vir. Ninguém gosta de ter por perto alguém que só pensa e projeta o pior, do mesmo modo, não será bom ser alguém assim. Esperar o melhor é um convite a seguir em frente.
Preparar-se para o pior é evitar frustrações. Não é esperar o pior, diversamente disso, é preparar o coração para enfrentar as dificuldades da vida, entender que existem coisas que não dependem das nossas vontades e escolhas. É, por vezes, compreender um pouco do respeito que Deus tem ao livre arbítrio humano. Isso significa que mesmo sabendo que não é o melhor caminho, atitude, opção ou escolha, é a opção do outro, que por tabela irá influenciar negativamente na sua vida.
Aceitar o que vier não implica em sair pegando tudo o que está à frente, na verdade se refere às questões anteriores. Temos que aceitar o melhor que esperávamos, com o coração grato, satisfeito, ao mesmo tempo em que temos que aceitar o pior para o qual nos prepararmos (ou deveríamos nos preparar), não de modo passivo, mas entendendo que uma porta se fechou para que outros caminhos fossem explorados. 
A partir disso teremos o segredo para uma vida feliz: o contentamento. Contentar-se é estar satisfeito, se estamos satisfeitos com o que chegou até nós, não reclamaremos da vida, ao contrário, seremos agente modificador do meio, tudo de modo saudável. Isso resume o que é ser feliz: ser grato pelo que de bom chegou e superar o que de pior apareceu, aceitando tudo com algo necessário para o crescimento e amadurecimento como ser humano.
No mais, só posso compartilhar o vídeo trailer desse maravilhoso filme, o qual recomendo com todo prazer. E viva a vida!