terça-feira, 21 de junho de 2011

Sensível, mas ainda sensata.

Nesses dias muitas coisas aconteceram e acabaram por me deixar sensivel demais. Geralmente, procuro agir com sobriedade, mas hoje me preciptei em falar algo certo, mas no momento errado. Essa história que vou expor já havia lido em um desses e-mails que a turma passa, mas vale sempre relembrar, principalmente com a sensiblidade aflorada, como segue:


Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar. Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
"Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações. Mas a mãe, com muito carinho ponderou:
"Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra o que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro... Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a campainha...Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:  
"Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa."
"Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou." E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.
Nunca tome qualquer atitude com raiva.
A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.
Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta. Diante de uma situação difícil. Lembre-se sempre: Deixe a raiva secar.

A dor entorpecente.

Existem momentos na vida que as dificuldades são tantas e o caminho tão difícil, que a dor passa a ser uma constante. Nesse momento você pode dizer que tem a dor como companhia. Assim, as notícias vão chegando e nada mais vai sendo surpresa para você. A dor entorpeceu os sentidos, já não há espanto, crises, choro ou riso. Você ouve ou recebe a bomba sem nenhuma reação.
Mas isso não significa não sentir dor, apenas não mais reagir ao impacto. A dor continua lá, te maltratando dia após dia, pisando no seu coraçãozinho como se esmagasse uma baratinha. No entanto, sempre há o  inesperado, o fantástico, traduzido na luta para voltarmos à vida, é aí que causamos uma outra reação, totalmente contrária. Uma reação vinda do aproveitamento dos momentos bons. Daqueles instantes em que podemos conversar com um amigo, desabafar ou sentir carinho. Das brincadeiras inocentes com as nossas crianças. Do passeio com nossos velhinhos. 
E, então, conseguimos enxergar a renovação do dia, que irá acontecer novamente no outro dia, sempre e sempre. Uns dias com chuva, outros com sol. Isso nos dá esperança de que o inverno não é pra sempre, nem a noite é eterna. Tudo muda, as coisas nascem, as flores brotam. Junto com tudo isso, o coração volta a se alegrar e consegue dissipar a dor, que como tudo, é finita. 

domingo, 12 de junho de 2011

Não há como negar: o amor está no ar!

"Um homem só encontra a mulher ideal quando olhar no seu rosto e ver um anjo e, tendo-a nos braços, ter as tentações que só os demônios provocam..." (Pablo Neruda)
Após entrar no facebook, para passar o tempo, passei a olhar as postagens dos amigos que aparecem na minha página inicial. É claro que algumas eram românticas, outras apenas felicitações pelo dia, mas uma postagem me chamou a atenção e, por isso, não posso deixar de comentar sobre ela. É justamente a frase acima, de Pablo Neruda.
Quando se fala em encontrar alguém ideal podemos encontrar diversas opiniões acerca do fato, muitas ressaltando determinados pontos da vida e preterindo outros. Há quem fale que o necessário é o caráter do ser oposto, outros a posição financeira ou ainda a religiosidade que demonstra etc. No entanto, nunca li algo tão acertado para preenchimento dos anseios psico/fisio/biológicos como esta frase.
Por mais que se queira alguém legal, não adiantará ela ser honesta, inteligente, de bom caráter, se não despertar em você o desejo de avançar, de transgredir, de violar, em outras palavras, não adiantará ser alguém que não permita o despertar dos hormônios, das sensações do instinto primitivo e animal, da pele. 
Por outro lado, não adianta ter a pessoa mais bem afeiçoada, que te leve à loucura, que consiga agitar seu interior, se ao olhar em seus olhos você não conseguir extrair a pureza que só existe em um sentimento: amor. De nada adiantará os beijos e carícias, se você olhar e não enxergar no outro a razão de ser para tal ato. 
Optar por apenas um dos lados é optar pela infelicidade e incompletude, sempre. Ter as duas coisas em uma só, ao contrário, é encontrar plenitude, felicidade. É não sentir falta de mais nada nem ninguém, por isso é IDEAL. É o paradoxo perfeito.
Assim, neste dia dos namorados, onde se pretende fomentar o amor, desejo a todos que possam encontrar essa pessoa ideal, mas, acima de tudo, que haja reciprocidade na idealização, de modo que a pessoa ideal também vejam em vocês o ser ideal. Do mesmo modo, desejo a mim esse encontro recíproco de vontades ideais, pois também quero e mereço ser feliz.

Sempre ao seu lado.

Durante meus costumeiros momentos de solidão, na passagem de ontem para hoje, assisti um maravilhoso filme. Depois de tanto tempo pude ver uma exposição de amor. Um amor puro, genuíno, limpo. E como isso me fez sentir falta do que não tive, nem tenho.
Mas será que só os animais podem demonstrar, sem reservas, os seus sentimentos? 
Não preciso dizer que foi inevitável o choro. 
Mas não posso deixar de seguir crendo que o amor entre humanos é possível. E, assim como eu desejo realizar um amor puro, acredito que haverá alguém para me amar assim também.
Então, mesmo neste dia tão referencial, posto algo sobre o amor, embora não seja o amor eros, e aproveito para agregar a isso o trailer do filme que recomendo, como segue:


Felicidade a todos!