domingo, 20 de novembro de 2011

E DE NADA SENTIREI FALTA.

Depois de mais ou menos dois meses, estou aqui novamente para compartilhar um pouco de mim.
Faz quase um ano que escrevi este poema e ainda continua atual para mim. Tenho a mesma necessidade de ver e ter Deus preenchendo as lacunas da minha vida. Quando não dependo dEle, sempre me vejo sentindo falta de algo e com a sensação de não estar completa. Hoje, clamo mais uma vez para não sentir falta e não me achar fraca, principalmente diante das questões da vida que parecem não querer mudar. Assim, segue o poema: 

E DE NADA SENTIREI FALTA

Quando paro para olhar o meu ser, por vezes não o encontro pleno.
Em alguns momentos sinto um vazio que consome minha alma e uma angústia que aperta meu peito.
Nesse exato momento eu reconheço que existe a solução ideal.
Sei do que necessito.
Necessito de Ti, Senhor!
Assim, quando estiver sem meus amigos, sem um ombro para inclinar minha cabeça, VEM e preenche este vazio com o teu amor.
Quando as palavras duras rasgarem meu ser e mágoas abrirem grandes feridas, que tu OCUPES os espaços com teu balsâmico amor.
Diante do amor insubstituível de alguém querido que se foi, que SEJAS a sombra de amor a resguardar o sentimento.
E quando eu te disser que preciso e quero alguém para partilhar o amor, que SEJAS meu amor primeiro.
E se não for correspondida nesse desejo, que tu SUPRAS a falta com o teu amor maior, sendo a minha paixão.
Se eu perdida me encontrar, entre pensamentos e ações, que te APRESENTES como um caminho seguro para trilhar.
E, assim, antes que falte o pão, que SEJAS o provedor.
De modo que eu sinta teu abraço, protegendo-me das intempéries, consolando minha alma, cuidando da minha vida.
E quando eu resolver olhar novamente para dentro de mim, irei te encontrar tão abundantemente que de nada mais sentirei falta.
E só plenitude e contentamento povoarão minh’alma.

Lídice Domingos (Iniciado em 28/12/2010, concluído em 05/01/2011)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Você aprende - William Shakespeare




Depois de algum tempo você aprende a diferença...
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. 
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. 
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. 
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas  simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

sábado, 24 de setembro de 2011

AMIGOS.

Tenho muitos motivos para agradecer a Deus, pois, mesmos diante das dificuldades enfrentadas, Ele tem me fortalecido e me ajudado, especialmente através dos meus amigos. São pessoas boas, lindas, que embelezam a minha vida e que nas dificuldades se esforçam para me ajudar. Não importa se conheci há muito ou pouco tempo, reconheço a importância de cada um e peço que Deus retribua a todos com infinitas bençãos. As vitórias que tenho alcançado no hoje tem um pouco de cada um de vocês. Em gratidão, posto este poema, que fiz no final do ano passado:

AMIGOS

Existem pessoas que são especiais em nossas vidas.
Elas se destacam e se diferenciam por diversas razões.
Pode ser pela afinidade, pela dedicação ou ainda pelo apreço.
O importante é que a essas pessoas chamamos de amigos.
Mas, o que são os amigos?
Amigos são alimentos nutritivos para o nosso bom humor.
Sempre nos enchem de piadas e descontrações, nos fazendo esquecer qualquer aborrecimento.
São remédios para nossas tristezas e decepções, mostrando que tudo é sanável.
Amigos são terapeutas incondicionais, sempre dispostos a ouvir e a falar também.
Não perdem a oportunidade de dar sua opinião sobre um alguém ou circunstância que esteja em evidência nas nossas vidas.
São esponjas a absorverem nossas dores e sofrimentos.
Estão conosco, sofrem conosco e se alegram conosco.
Tudo é partilhado de forma que um fato não tem mais um titular e sim vários.
Os amigos são maquinários que nos impulsionam a viver.
Constantemente eles exigem de nós um posicionamento que não nos deixam ficar estagnados.
Os amigos são acordes maiores que dão a qualquer andamento alegria e retiram a melancolia.
São fundamentos de uma edificação superior.
Eles são mais, são maiores, são frutos do amor.
Por isso, só quem tem esta capacidade de amar que pode ser...
...AMIGO.

Embora tenha feito este poema a todos os meus amigos, dedico a duas figuras que têm suportado meus difíceis momentos com amor e sabedoria: Elizabete Mota e Suemy Ferreira.
Amo todos vocês!
Lídice Domingos  (Recife, 15/12/2010).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MAIS QUE ADMIRÁVEL HOMEM.

Lá vou eu expor mais um pouco mais do que penso...
Muitas pessoas chegam a questionar a razão da fé de muita gente. Eu, sem que alguém tivesse feito isso, questionei a mim mesma sobre a razão de minha crença no Cristo e não em outro. Fui, então, em busca de uma resposta  resposta satisfatória (para mim mesma), que ratificasse minha vontade em procurar segui-lo. Assim, vou descrever de forma sucinta, e não aprofundada, o que me leva a acreditar em Cristo, como exemplo maior a ser seguido. 
O ponto diferencial de tantos outros líderes/fundadores de uma ideologia religiosa que sempre em algum momento se distanciou da massa para assumir um comando/posição no topo, é que ele renunciou essa posição se lançando e convivendo com os excluídos e com todos os que quisessem se aproximar dele (até mesmo para lhe testar).
Sei que esses grandes homens abriram mão de vidas "comuns" por um propósito, não estou negando as suas renúncias, mas assumir em algum momento uma posição fora do que traz ruídos e interferências (a massa) diminui o atrito do caminho para se chegar a  ser sábio, bom e justo. Digo que, ter um momento na caminhada para viver da meditação ou se confinar em um retiro ou, ainda, assumir uma liderança que o faça ver as coisas de longe, ajudou essencialmente para que muitos pudessem extrair lições importantes e necessárias, que hoje agregamos ao nosso dia-a-dia.  Embora depois tenham voltado para o convívio com a massa.
No entanto, chegar a um alto nível de espiritualidade estando e sentindo o calor das massas, vendo de perto e padecendo as angústias e aflições dos seus semelhantes (muitas vezes até mesmo as  sofrendo), estar corpo a corpo com aqueles que necessitam, perto dos que vivem para o mal, tentando ser bússola para os que estão completamente perdidos na vida, é realmente mais que admirável. Muito além de expor palavras sábias, Ele demonstrou atitudes sábias nos momentos de maiores tensões. No lugar de aparentar a divindade existente em si, mostrou-se sempre tão humano, sorrindo, chorando, se irando e, acima de tudo, demonstrando um amor, uma compaixão e uma misericórdia fora do comum. Era divinamente humano. Suas atitudes não nos levam a imaginá-lo em posição diferenciada, distante, inatingível ou inacessível, era um homem como nós. É como se dissesse: é possível, mesmo sendo humanoExiste uma beleza nisso, nessa força em fazer diferença no meio do conflito, das multidões. Nisso ele foi completo. 
Eu passaria muito tempo a escrever sobre detalhes significativos de sua vida de exemplo, mas quero parar por aqui e aproveitar para deixar claro que de modo algum estou querendo desmerecer qualquer outro grande fundador religioso. Definitivamente não é essa a minha intenção, até por entender que muitos ensinos e palavras sábias, dos grandes homens que existiram na terra, são convergentes. Sempre serão homens com grande espiritualidade.
Apenas me identifico e me sinto impactada ao olhar a vida desse homem, em especial. É fácil ser como Ele? De modo algum. Mas deve ser recompensador. Talvez seja impossível que eu consiga agir de modo a impactar a todas as pessoas, mas isso não impede que eu consiga resultados significativos ao aplicar seus ensinos  aos que convivem comigo. Posso sim tentar. É um grande exemplo, por isso quero segui-lo, quero imitá-lo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O BEM

Hoje estou com uma necessidade imensa de sentir algo bom, depois de tantos atropelos e desencontros. É como o dia que você acorda com vontade de comer chocolate e até fazê-lo não se sentirá satisfeita (as mulheres sabem bem do que falo). Como estou com essa vontade de algo bom, resolvi me satisfazer postando um poema que fiz quando enfrentei um dia bastante estressado, mas no qual pude focar o que havia de bom nele, motivada por uma frase de minha amiga Fernanda, que é o início desse poema.
Espero que, aos leitores, ele possa inspirar um contentamento, uma esperança. Eu, com certeza, o lerei por diversas vezes, para saciar a minha vontade. Espero que gostem. 

O BEM

Um dia me disseram que o bem existe em maior quantidade no mundo, é dominante, porém o mal fala mais alto e se evidencia.
Às vezes é custoso acreditar nisso, dado o tamanho das maldades e atrocidades que vemos comumente neste mundo.
No entanto, quem me disse isso estava sabiamente correta.
O bem está em todo lugar, ele nos cerca através de um silêncio e serenidade que lhe são peculiares.
Isto eu pude compreender e perceber hoje.
Como que por um despertar paulatino, fui vislumbrando e acompanhando a apresentação diária do bem.
Pude vê-lo assim, começando pelo acordar sossegado.
Depois, no trabalho árduo, mas satisfatório.
Nos momentos de carícias e carinhos.
Nos reencontros com amigos, ao contemplar neles a expressão de alegria e satisfação em me ver também.
Consegui ver nas conversas de desabafos.
No compartilhar de momentos e força com alguém.
Na bate-papo descontraído com uma estranha, que declarou ser uma pessoa feliz em todas as áreas e que não poupou expor toda a sua força e vontade para viver.
E como essa parte foi boa e especial. Encontrar alguém assim é a pura expressão do bem.
E, fortalecida, pude continuar a observar.
Avistei pessoas sorrindo. Cordialidades sendo executadas.
Pessoas com as mais diversas deficiências ou deformidades físicas mostrando que querem viver e vivem, mesmo atraindo para si olhares de espanto.
Pude sentir um momento de nostálgico silêncio, que foi bom.
Nele não havia tristeza ou solidão, apenas a sensação de que num instante pude ser uma observadora, pude olhar o mundo com outra lente.
E, então, mesmo nos momento de sofrimento e dor, mesmo na vivência da minha humanidade e fragilidade, é sempre bom parar para observar e recompor as forças olhando O BEM. 

Lídice Domingos (Em 22/12/2010)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ONDE DEUS POSSA ME OUVIR

Essa música fala por si só, dispensa comentários. Por isso estou postando, para que vocês possam se sensibilizar com a letra. Aproveitando, vou negritar as partes que mais gosto. Beijos a todos.

Onde Deus possa me ouvir (Vander Lee)



Sabe o que eu queria agora, meu bem?
Sair chegar lá fora e encon
trar alguém

Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.
Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber
Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.
Adeus...





sexta-feira, 5 de agosto de 2011

COMO FAZER UM COMENTÁRIO

Caríssimos,
Muitos estão tendo dificuldades na publicação de um comentário. As dicas que dou são as seguintes:
Se você tem alguma conta google (GMAIL), faça o comentário quando estiver logado, pois já aparecerá o seu nome no comentário, ou escolha na caixa: conta do google (aí você vai fazer o seu login).
Caso não possua, clique em anônimo, escreva o que quiser e após cliquem em publicar. Algumas pessoas clicam e não conseguem sair do lugar, nesse caso, clique em visualizar comentário. Logo em seguida aparecerão letras de confirmação e você poderá clicar em publicar o comentário.
Espero que agora eu possa receber o feedback.
Beijos.

NÃO QUERENDO ME PERDER...

- Lídice, não há nada de mal, você só vai sair, parece mais que vai à forca, de tão apreensiva. Essa foi a frase que ouvi de uma amiga do trabalho ao perceber em meu rosto uma aflição que não condizia com o que ocorrera uns dias atrás, quando fui convidada para comemorar o aniversário de uma amiga. Na terça-feira eu fiquei eufórica, iria a um lugar que nunca havia ido, seria interessante, renovador. Iria conhecer pessoas, conhecer como as pessoas por aí se divertem (já que minha forma de diversão é quase estática), seria um marco na minha vida.
No entanto, a sexta-feira chegou e eu acordei com a sensação de: e agora? Não tinha mais como voltar atrás, tinha que ir mesmo. E a roupa...qual seria a roupa ideal? Ai, ai, ai. Não sei me arrumar para esses locais. Me atrasei toda para chegar ao trabalho, por ter que selecionar e levar tudo, já que de lá eu iria ao ortodontista e posteriormente para casa da amiga que me convidou. Saí e voltei para casa umas três vezes por esquecer algo. Tentei retirar um pouco do tanto de coisas que levava, por estar exagerado. Depois, finalmente, consegui sair de casa.
Todavia, fiquei pensando no porquê dessa minha ansiedade e agonia. Sei que isso é medo. Mas medo de quê? Foi aí que eu percebi, enquanto o expediente laboral andava, que o meu medo era de me perder. Vou explicar melhor. O mundo é novo pra mim, embora tenha 32 anos, pois muitos desses anos vivi em outra realidade. Adentrar nessa nova forma me faz ter medo de perder meu equilíbrio. E acreditem, eu o falo em diversos aspectos.
O mundo anda em outro compasso, tem outros valores. Equilibrar o que quero para mim com o que o mundo tem oferecido significa não me perder. Não me perder é não aceitar tudo, também não recusar tudo. É valorizar o hoje, mas também pensar em plantar para o amanhã. É me divertir sem causar dano (a mim ou a  outrem). É experimentar coisas novas, vivenciar o novo, sem que com isso eu perca a minha essência, a minha identidade, o que há de bom em mim. Não me perder também significa entender que faço parte do mundo, que sou humana e que não sou diferente de quem quer que seja. É simplesmente tomar a posição certa e viver, sem estar acuada, sem barreiras que impeçam coisas boas de acontecerem, sem medo de viver experiências, sem temer errar para aprender.
Enfim, a noite chegou e fomos comemorar mais um ano de vida de minha amiga. No início fiquei um pouco destreinada, achei muita coisa estranha, mas fui me acostumando. O lugar? Foi no D. Carolina, na noite sertaneja. O que iria tocar? Não tinha a menor ideia, mas ao chegar lá tive apenas a vontade de me divertir, sorrir, compartilhar momentos bons com as amigas de minha amiga...kkkkkkkk. No fim, sobrevivi à primeira balada da minha vida.  Hoje faz oito dias e nada melhor que reconhecer: mundo, estou viva!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

RECOMEÇO!

CORAGEM!!! 
Hoje acordei acompanhando o dia, que está ensolarado, com o céu limpo, proporcionando cores vibrantes para as árvores e tudo mais. E aí eu pensei nessa palavra: CORAGEM. Isso significa disposição para seguir em frente, firmeza de ânimo ante o sofrimento, constância, perseverança.  
Já me questionaram o fato de insistir em algo, como se eu não me desse o devido valor. Longe disso, apenas gosto de tentar até o último momento, até enquanto vejo um fôlego de vida para que aquilo possa dar certo, mas quando chega o momento em que a vida se vai, que aquilo morre, eu passo a sofrer e a chorar como que velando um defunto. Dizem que há jeito pra tudo, menos pra morte. Concordo (embora com reservas). Quando se morre, não há mais jeito. E aí, para os que não conheciam ainda, apresento o meu amor próprio, a manutenção da minha dignidade que aflora e faz com que eu repagine tudo. E por uma questão de crença, não visito os mortos, apenas os guardo na memória. 
A CORAGEM me faz enterrar os meus mortos e recomeçar. É uma força tão intensa que não me deixa sucumbir, com certeza vem de minha fonte maior: Deus. Não é que eu passe a ser insensível ou que não sinta falta do que se foi, mas simplesmente aceito que tenha ido e supero (até vejo algo interessante nessa partida). Como uma fênix ressurgindo das cinzas eu vou.  
E como essa manhã, esse dia tão lindo, eu ouço a música mais esperançosa que já ouvi, composta por aquele que eu considero o melhor em musicalizar toda e qualquer sentimentalidade humana: Guilherme Arantes. Aproveito para deixar o link da música, mas friso o seguinte trecho: "Amanhã! Está toda a esperança, por menor que pareça, existe e é pra vicejar [...] Amanhã! Mesmo que uns não queiram, será de outros que esperam ver o dia raiar. Amanhã...será pleno"

domingo, 31 de julho de 2011

DESABAFO NOTURNO

INSEGURANÇA! Esta é a palavra que tem definido os meus últimos dias. Eu tenho visto as minhas melhores perspectivas irem pelo ralo, tudo tem saído do prumo e essa sensação tem se perpetuado em mim. Onde está a Lídice tão equilibrada, tão sóbria, tão senhora de suas emoções? Eu não sei.
Não sei se conseguirei chegar onde quero, profissionalmente falando. A cada dia uma nuvem negra se forma, tornando tudo obscuro, me deixando às cegas. E um abismo vai chamando outro abismo. Daí a vida emocional desmorona também e eu já não sei como me portar. Nesse momento tudo que fizer será usado contra mim e assim tem sido. Tento fazer algo bom pra uma amiga, nada sai como o combinado e eu, sem ter mais como conter minhas emoções, acabo piorando tudo. 
Meus dias têm sido de choro. Muito choro, que vem da alma, um pranto. A verdade é que tudo é novo, nunca vivi o que hoje estou vivendo e simplesmente não sei o que fazer, nem como agir. Quando tento desabafar ou consertar a situação eu pioro mais ainda. Aí me sinto só, muito mais só, por ser uma solidão em meio a multidão. 
O que mais me dói é que eu sempre estive sendo o suporte para muitas pessoas, aceitei ouvir muitas coisas, ignorei tantas outras, estive para todos os momentos, mas agora...não tenho quem segure a minha barra. Quem desconsidere meus loucos momentos, meus surtos, quem mantenha viva na memória a Lídice que realmente sou e me ajude a superar esse momento de fragilidade emocional. Eu sei que não sou isso que apresento no hoje. Mas eu preciso sentir que aqueles que estão me vendo mudada, ao menos um, possa me entender e me abrigar. NA VERDADE EU ESTOU DANDO UM GRITO DE SOCORRO, é o meu grito de alerta.
A sensação é de que estou perdendo tudo de bom que tive na vida e o que esperava dela. Tenho que me conformar, realmente ninguém tem nada haver com meus problemas. Não surto em todos os momentos, mas tenho feito com os que mais amo. Não os culpo por não me entender, nem querer reconsiderar, até sinto vergonha dessa minha instabilidade. Mas isso, ainda assim me dói, pois eu faria diferente, caso fosse com outra pessoa. Agora me resta entender que perderei muitas coisas e terei que conviver com essas perdas. Sei que muitos não entenderão o que falo, até por ser algo bem particular, poucos sabem, mas...desabafo mesmo assim...o blog é pra isso: da razão à emoção, da emoção à razão.

sábado, 30 de julho de 2011

A AUTOVITIMIZAÇÃO DO AGRESSOR.

Venho pensando nesse tema há muito tempo, mas hoje posso falar sobre ele sem qualquer sentimentalidade mesquinha ou inútil. Tão somente resolvo discorrer sobre um fato HUMANO que beira o obscuro, ou melhor, está nele inserido.
Então vamos para o início dessa história:
Tudo começou ali, no Éden, ao menos teoricamente falando. Quando a besteira foi descoberta, começou o jogo do passa a vez. O Criador querendo saber a causa e o homem preocupado em se eximir da culpa. Adão logo apontou: - Foi a mulher que me deste. No mínimo queria ter duas chances para tirar seu corpo do time (ou a culpa recairia na mulher ou no próprio Deus). Eva, por outro lado, não engoliu a corda e também procurou repassar a bola para a serpente. Esta, que não tinha mais a quem culpar, SE FERROU.
Pois é, está na índole humana repassar a responsabilidade de suas ações para outra pessoa (ou coisa). - A minha ação foi assim por culpa de... Até que a corda arrebente em alguém que não seja o EU. Mas, e quando não há a quem culpar? Pode-se estar no último lugar desse jogo, como a serpente, sem ter a quem repassar a bola ou o fato pode ser inescusável. O que fazer?
Bem, aí surge a criatividade humana, salvadora nas horas de agonia (e a serpente poderia ter usado essa técnica, se humana fosse), fazendo surgir, então, a AUTOVITIMIZAÇÃO DO AGRESSOR. Essa técnica consiste na habilidade do agressor (agente, deliquente ou qualquer outro que queira) em se tornar a vítima. E porque não dizer que a vítima que é o verdadeiro vilão da história? É como a causa excludente da responsabilidade civil: culpa exclusiva da vítima. Mas, é QUASE, pois assim estaria se admitindo que o erro/culpa foi cometido, mesmo que impulsionado pela ação de outrem. No caso em questão, a ideia é se tornar vítima mesmo, sem qualquer respingo de ato falho, um agredido no lugar de agressor.
Nossa! Parece que nós somos especialistas dar vazão ao que é ruim, ao que é mal. Qual a origem para tanto gosto por saídas EGOÍSTAS? Pensei muito até encontrar uma resposta. A explicação é uma só: síndrome do Peter Pan. 
Eureca!!! É justamente isso. O ser humano, em nossa contemporaneidade, insiste em não querer crescer, se enraizando numa infantilidade sem fim. Talvez seja porque crescer dói. É duro dizer: - a culpa foi minha. É supra-humano assumir as consequências que a falha venha causar. É irreal andar com a verdade.
Assim, estamos nós aqui, nesse mundo desorientado e que caminha na contramão da evolução, quem sabe esperando a aparição de super-homens capazes de mudar a realidade social a partir de simples gestos de maturidade humana.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

REPENSANDO, REAGINDO...RELIGANDO.

Religião, do latim religare, significa voltar a se ligar com o divino. Adoro este sentido advindo da etimologia da palavra. RELIGAR o homem com o divino, ligar de novo, assim deve ser o objetivo de uma crença. Mas, em sentido prático, o que seria religião? Cristianismo, espiritismo, judaísmo ou outro ISMO qualquer? NÃO...ACREDITO QUE NÃO.
Sou uma observadora do comportamento humano e, por vezes, tenho visto pessoas perdidas e/ou alienadas nas instituições religiosas (falo das mais diversas). Muitas julgam já saberem de tudo, detentoras da verdade maior, condenando todas as demais pessoas que não seguem seu rito. Outras se preocupam em fazer a caridade e acabam por fazê-la mecanicamente, sem o necessário amor e sem reavaliar certas atitudes. Quando a gente vai olhar se espanta com a mesquinharia do meio, com as distorções do que era para ser um lugar de restauração. Por fim, não religam o homem a Deus e não operam mudança no interior humano, tão necessitado do equilíbrio só existente e dado pelo SER PERFEITO. É uma religião vã.
Sim, mas então o que seria religião? Na Bíblia, em Tiago 1.27 diz que:  "A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo". Também em Mateus 22.38,39, diz que: "Este é o grande e primeiro mandamento.  O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Esses dois textos só me levam a pensar no binômio FÉ e OBRAS. 
Não adianta mudarmos nosso exterior, através de ritos e novo proceder, se no coração não há uma real intenção de se praticar aquilo. Também não adianta fazer pelos outros algo bom, se aqueles que estão próximos de nós (e aqui falo da família, dos amigos mais íntimos) não são alcançados, ao contrário, continuam a sofrer pelo desleixo, descuidado, ignorância e ira existentes na religiosidade aparente.
Não adianta termos fé e não a materializarmos através de ações nobres, ações que reflitam um ser transformado, que sente, que pensa no próximo. Também não adianta oferecermos nosso dinheiro, nosso tempo, darmos sopas, cobertores, fazer caridade, se no íntimo não o fazemos de coração alegre. Ainda não adianta a caridade se no dia-a-dia somos egoístas e mesquinhos, se mentimos, mutilamos as pessoas com nossas palavras e atitudes ruins, se não pensamos no sentimento alheio e brincamos com ele a nosso bel prazer. Se não podemos lançar mão de um realismo para crer no que não vemos, com o propósito de trazer para nós a esperança de ter o que se espera.
Não há como se religar com Deus e esquecer do próximo. Não há lógica em se  relacionar com o próximo e não se relacionar com Deus. Relação com Deus, relação com o próximo.  São coisas distintas que devem sempre caminhar juntas para que se tenha sentido. Dar esse sentido, só a religião (religare) pode fazer. Viemos desse todo e precisamos nos reconectar a ele, para vivermos bem nossos dias aqui na terra. Assim, se entrar numa instituição religiosa não trouxer um diferencial que esteja ligado à efetivação desse binômio, não há religião, só rituais que deixarão mais pobres e miseráveis nossas almas, existentes nos corpos mortais.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

UM BRASIL SEM MISÉRIAS?!

Hoje, aproximadamente às 8:50, estava na Conde da Boa Vista esperando um ônibus para ir ao trabalho e  vi uma cena que me chocou e emocionou bastante. Um morador de rua, jovem, ignorava o início de um novo dia, permanecendo com seu colchão e todos os seus pertences em frente a uma loja, querendo voltar a dormir. Ele colocou seu instrumento de trabalho embaixo do colchão (o rodo para limpar para-brisas de veículos), juntamente com sua sandália tipo havaianas. Usou sua mochila como apoio para a cabeça e, com o único lençol visível, se cobriu para voltar a dormir. 
Após subir no ônibus, quando já seguia a viagem pela pátio da Igreja do Carmo, visualizei outra cena: uma senhora, também de rua, dançando e cantando. Provavelmente já não tinha suas faculdades mentais em ordem. Porém, com certeza, era mais uma a ser ignorada pela sociedade.
Meu Deus! Eu já passei por muitas dificuldades na vida, já passei privações. Na minha adolescência, com o câncer de meu pai (único arrimo da família), muitas vezes não tínhamos como nos manter e tivemos que contar com a ajuda das pessoas. Nós não fomos ignorados, nossa situação não foi ignorada. Mas lembro com pesar dessa dificuldade toda que passamos, realmente foi muito difícil, no entanto eu ainda tinha um teto para morar e uma família. Ainda tinha amigos que ajudaram. Aliás, tenho amigos a me ajudar até a presente data, pois ainda enfrento muitas dificuldades. E essas pessoas?
Embora seja difícil assimilar a violência e dar explicações para as ações dos meliantes, fico pensando o quanto deve ser dura, pesada, deprimente e condenatória a vida de quem está abaixo da linha da pobreza. De um abacateiro só podem nascer abacates. Poucos conseguem, como eu e minha amiga de estudos, ir de encontro à sua realidade social para mudá-la (e olhe que ainda não consegui mudar, mas ao menos estou conseguindo ir de encontro). A pobreza dói e a miséria corrói.
Agora temos uma campanha para acabar com a miséria no País, fomentada pelo Governo Federal. Contudo, a tendência é que tais ações apenas encubram a realidade, pois enquanto a pobreza e a miséria estiverem nos corações dos que estão longe de sofrerem as privações financeiras/materiais, pouco, ou quase nada, se avançará. Não há como tratar dessas questões sem verdadeiro ALTRUÍSMO,  sem querer de fato DIVIDIR a riqueza do País com todos, sem querer DISTRIBUIR de forma mais igualitária (mas ainda justa) a renda, sem tratar do psique, sem implantar nas mentes que todos devem contribuir com o seu trabalho (destituindo a ociosidade e a malandragem reinante).
É então possível conseguir isso? Eu respondo que sim, embora a resposta pareça utópica, mas só com a vontade positiva da maioria em querer mudar a cara do BRASIL.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Sensível, mas ainda sensata.

Nesses dias muitas coisas aconteceram e acabaram por me deixar sensivel demais. Geralmente, procuro agir com sobriedade, mas hoje me preciptei em falar algo certo, mas no momento errado. Essa história que vou expor já havia lido em um desses e-mails que a turma passa, mas vale sempre relembrar, principalmente com a sensiblidade aflorada, como segue:


Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar. Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã. Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
"Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo? Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações. Mas a mãe, com muito carinho ponderou:
"Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. Você lembra o que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa. Deixa a raiva secar primeiro... Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão. Logo depois alguém tocou a campainha...Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:  
"Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. Não foi minha culpa."
"Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou." E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.
Nunca tome qualquer atitude com raiva.
A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.
Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta. Diante de uma situação difícil. Lembre-se sempre: Deixe a raiva secar.

A dor entorpecente.

Existem momentos na vida que as dificuldades são tantas e o caminho tão difícil, que a dor passa a ser uma constante. Nesse momento você pode dizer que tem a dor como companhia. Assim, as notícias vão chegando e nada mais vai sendo surpresa para você. A dor entorpeceu os sentidos, já não há espanto, crises, choro ou riso. Você ouve ou recebe a bomba sem nenhuma reação.
Mas isso não significa não sentir dor, apenas não mais reagir ao impacto. A dor continua lá, te maltratando dia após dia, pisando no seu coraçãozinho como se esmagasse uma baratinha. No entanto, sempre há o  inesperado, o fantástico, traduzido na luta para voltarmos à vida, é aí que causamos uma outra reação, totalmente contrária. Uma reação vinda do aproveitamento dos momentos bons. Daqueles instantes em que podemos conversar com um amigo, desabafar ou sentir carinho. Das brincadeiras inocentes com as nossas crianças. Do passeio com nossos velhinhos. 
E, então, conseguimos enxergar a renovação do dia, que irá acontecer novamente no outro dia, sempre e sempre. Uns dias com chuva, outros com sol. Isso nos dá esperança de que o inverno não é pra sempre, nem a noite é eterna. Tudo muda, as coisas nascem, as flores brotam. Junto com tudo isso, o coração volta a se alegrar e consegue dissipar a dor, que como tudo, é finita. 

domingo, 12 de junho de 2011

Não há como negar: o amor está no ar!

"Um homem só encontra a mulher ideal quando olhar no seu rosto e ver um anjo e, tendo-a nos braços, ter as tentações que só os demônios provocam..." (Pablo Neruda)
Após entrar no facebook, para passar o tempo, passei a olhar as postagens dos amigos que aparecem na minha página inicial. É claro que algumas eram românticas, outras apenas felicitações pelo dia, mas uma postagem me chamou a atenção e, por isso, não posso deixar de comentar sobre ela. É justamente a frase acima, de Pablo Neruda.
Quando se fala em encontrar alguém ideal podemos encontrar diversas opiniões acerca do fato, muitas ressaltando determinados pontos da vida e preterindo outros. Há quem fale que o necessário é o caráter do ser oposto, outros a posição financeira ou ainda a religiosidade que demonstra etc. No entanto, nunca li algo tão acertado para preenchimento dos anseios psico/fisio/biológicos como esta frase.
Por mais que se queira alguém legal, não adiantará ela ser honesta, inteligente, de bom caráter, se não despertar em você o desejo de avançar, de transgredir, de violar, em outras palavras, não adiantará ser alguém que não permita o despertar dos hormônios, das sensações do instinto primitivo e animal, da pele. 
Por outro lado, não adianta ter a pessoa mais bem afeiçoada, que te leve à loucura, que consiga agitar seu interior, se ao olhar em seus olhos você não conseguir extrair a pureza que só existe em um sentimento: amor. De nada adiantará os beijos e carícias, se você olhar e não enxergar no outro a razão de ser para tal ato. 
Optar por apenas um dos lados é optar pela infelicidade e incompletude, sempre. Ter as duas coisas em uma só, ao contrário, é encontrar plenitude, felicidade. É não sentir falta de mais nada nem ninguém, por isso é IDEAL. É o paradoxo perfeito.
Assim, neste dia dos namorados, onde se pretende fomentar o amor, desejo a todos que possam encontrar essa pessoa ideal, mas, acima de tudo, que haja reciprocidade na idealização, de modo que a pessoa ideal também vejam em vocês o ser ideal. Do mesmo modo, desejo a mim esse encontro recíproco de vontades ideais, pois também quero e mereço ser feliz.

Sempre ao seu lado.

Durante meus costumeiros momentos de solidão, na passagem de ontem para hoje, assisti um maravilhoso filme. Depois de tanto tempo pude ver uma exposição de amor. Um amor puro, genuíno, limpo. E como isso me fez sentir falta do que não tive, nem tenho.
Mas será que só os animais podem demonstrar, sem reservas, os seus sentimentos? 
Não preciso dizer que foi inevitável o choro. 
Mas não posso deixar de seguir crendo que o amor entre humanos é possível. E, assim como eu desejo realizar um amor puro, acredito que haverá alguém para me amar assim também.
Então, mesmo neste dia tão referencial, posto algo sobre o amor, embora não seja o amor eros, e aproveito para agregar a isso o trailer do filme que recomendo, como segue:


Felicidade a todos!

domingo, 22 de maio de 2011

Ainda há tempo para aprender um pouco mais.

No dia nove, deste mês de maio, minha mãe se internou para se submeter a uma cirurgia  (mastectomia radical) e eu também me internei com ela. Nos quinze dias seguintes fiquei exclusivamente para cuidar dela, seja no hospital, seja na minha casa. Interessante que ela olhando pra mim e sempre me vendo atarefada, cuidando dela, da casa, da comida, das roupas para lavar etc, falava: - Ô minha filha, estou com pena de você. Foi aí que fiquei pensando naquela frase que, de certo modo, desceu de forma indigesta. Alguns dias depois, em um momento de conversa, parei e falei pra ela: - Mãezinha, embora a senhora seja idosa, ainda pode se esforçar para aprender certas coisas da vida. (olhem só, quem diria que um dia eu estaria ensinando algo para ela?) Então passei a lhe falar sobre o agradecimento. 
Eu compreendi exatamente o que minha mãe quis dizer sobre o "ter pena", mas não era o melhor a se ouvir de quem você ama. Quando você ama, gosta, tem afeto ou um compromisso (seja profissional ou não), o que você faz para esse alguém acontece de forma expontânea e com alegria - esse era o caso,  pois eu estava cuidando de minha mãe e, mesmo sendo trabalhoso, fazia tudo com carinho. Foi aí que eu disse para ela: - Mãe, não devemos dizer que sentimos pena, pois este é um sentimento que não devemos ter das pessoas (para pessoas devemos ter compaixão, misericórdia, amor etc, pena acontece, na verdade, quando  sentimos desprezo), nós devemos é ter gratidão. Mãe, gratidão é: aceitação + reconhecimento. Aceitar a ação que é feita em nosso favor, pois se podemos ou não fazê-la por nós mesmos é sempre importante aceitar quando o outro faz. Reconhecer é compreender o altruísmo e amor dispensado através daquela ação. Assim, é muito melhor simplesmente dizer: - Sou grata pelo que você está fazendo; ou, muito obrigada por tudo. Isso anima e revigora a alma de quem age e traz humildade para o coração de quem recebe.
Essa é uma lição da qual também sou alvo de aprendizado. Tenho vivido  esse binômio (aceitação + reconhecimento = ser grata) e isso tem sido bom pra mim, embora precise aprender ainda mais. E o melhor ainda foi poder compartilhar essa lição com minha mãezinha que recebeu com muito carinho tudo que falei. Quem disse que não se pode aprender com os mais novos também?

sábado, 21 de maio de 2011

Uma simples mensagem

Romanos
5.3b [...] sabendo que a tribulação produz perseverança;

5.4   e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.

15.4   Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.


O texto acima é um recorte da Bíblia, mostrando dois capítulos do mesmo livro: Romanos. Interessante como algumas pessoas simplesmente resolvem ignorar a leitura por achar (a Bíblia) um livro ultrapassado ou que os livros escolhidos consistem na vontade de poderosos. Não cabe falar sobre isso aqui, mas não posso deixar de dizer que observar tudo e reter o que é bom SEMPRE É BOM, sempre nos melhorará ou acrescentará algo à nossa existência. É o caso desses versículos.
As questões da vida sempre se processam de forma concatenada, sempre uma coisa leva a outra, mas muitas vezes não percebemos isso. Eu estava à procura de esperança para a minha vida  e fiquei muito surpresa ao ler esse texto. A princípio achei muito duro, pois no início do fio está a tribulação para que, na outra ponta, esteja a esperança, mas depois descobri que esperança só tem quem já viveu bem e conseguiu ganhar batalhas. Assim, em outras circunstâncias adversas, se terá esperança com base na vivência de outras experiências.
Então, não devemos pular os estágios, mas aproveitá-los ao máximo, retirando todo o ensinamento necessário para que melhor se possa viver nesse mundo tão conturbado.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Páscoa

A páscoa tem um significado muito forte para mim, talvez até maior que o natal, pois em todas as suas significações ela reflete uma superação e uma força espetacular. Assim, exponho meu desejo de páscoa a todos através das palavras que podem representar bem o significado dessa rica comemoração. Eu gostaria que a páscoa trouxesse nos corações de todos a coragem para reviver, para renascer, para reconstruir, para se libertar. Se libertar dos medos e receios que aprissionam e turvam a visão para algo melhor. Reconstruir sonhos frustrados, não acabados ou deixados de lado. Queria que todos pudessem renascer, dando a si mesmos uma nova chance para vida, modificando paradigmas que não tem contribuído para felicidade, se remodelando para o novo. Que reviver fosse uma prática, mas só para as coisas boas, de modo que o bom se perpetuasse pela reiteração de atos. Eu gostaria que a páscoa trouxesse, por fim, a realização de sua maior mensagem em tudo que está perdido, sem sentido, sem jeito, morto e ao qual amamos e queremos muito: A RESSURREIÇÃO! A todos feliz páscoa!

domingo, 3 de abril de 2011

Homenagem através de um poema.

Embora tenha dedicado este poema a outra pessoa, aproveito o momento para homenagear um grande homem: nosso ex-vice-presidente José de Alencar, que faleceu no dia 29 de março de 2011. Pessoas boas passam pela mais diversas dificuldades para ter propriedade e legitimidade para dizer aos outros: você consegue. Então, segue o poema:


POR QUE OS BONS SOFREM?


Não têm sido poucas as histórias estranhas que ouço.
Algumas delas me deixam com um pesar tremendo, pois, na minha humanidade passo a julgar como demasiado o fardo exposto.
É natural achar que o nosso fardo é injusto, pois nos julgamos bons.
Mas existem pessoas as quais atribuímos este título, pela nobreza dos seus corações.
E como é triste ver que essas pessoas boas estão sofrendo, penando ou até morrendo.
Como é desesperançoso olhar e humanamente não ver uma luz ou uma saída.
Mas, então, por quê?
Por que a vida tem sido tão injusta? Por que punir os bons?
Por muito tempo pensei assim, mas percebi que esta não é a realidade.
Estamos no mundo, sujeitos ao mundo e às suas intempéries.
A vida nos vê na mesma medida, não separa pobres ou ricos, bons ou maus, apenas lança sobre todos seus pacotes, como caixinha-surpresa.
É assim, do mesmo modo que o sol nasce sobre os justos e injustos ou que a chuva rega a terra sem distinção.
Desde então, percebi que não se deve perguntar por que tudo isso acontece, mas para que acontece.
Não creio que os bons estejam agora pagando dívidas do além.
Não acredito que sejam agora punidos pelo outrora.
Mas acredito que há um propósito maior em tudo isso.
Existe um pra quê.
Por isso, não digo que a recompensa do bem praticado esteja na dor aguda do hoje ou no dilaceramento da carne.
Porém a recompensa do bem está no outro, na direção das setas lançadas, da ação estendida.
Independente do agora, eu sei que nenhuma boa atitude lançada voltará vazia.
É a lei: o que se planta, será colhido.
Sei que bons frutos surgirão, mesmo que os olhos não alcance.
Eles sempre existirão e isso dá a certeza de que nenhum bem feito é em vão nem nunca será.
Talvez, limitadamente, o máximo que consigamos enxergar é que temos muito a aprender com essas pessoas boas.
Pois, os bons sofrem como todos os demais, porém demonstram que a sua alma é boa independente das circunstâncias.
Penam na vida, todavia mostram uma força superior, que não se reflete na fragilidade dos seus questionamentos, mas na continuidade do cuidado aos que lhe cercam.
São moídos por não abrirem mão da justiça e da retidão, e refletem assim uma índole inquebrável.
Por fim, padecem perpetuando virtudes e ensinos em pequenas sementes de amor, sem as quais o mundo não poderia continuar subsistindo.

Lídice Domingos (Em 22/12/2010)

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Lei da Ficha Limpa

Será que tudo é um jogo político?
O plenário do STF resolveu, no dia 23 deste mês, que a Lei Complementar (LC) 135/2010, a chamada Lei da Ficha Limpa, não deve ser aplicada às eleições realizadas em 2010, por desrespeito ao artigo 16 da Constituição Federal, dispositivo que trata da anterioridade da lei eleitoral. Esse foi o entendimento de seis ministros no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 633703: Gilmar Mendes (Relator), Luiz Fux (que ponderou que “por melhor que seja o direito, ele não pode se sobrepor à Constituição”), Dias Toffoli, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso (presidente do Supremo) - o qual ainda acrescentou: “somente má-fé ou propósitos menos nobres podem imputar aos ministros ou à decisão do Supremo a ideia de que não estejam a favor da moralização dos costumes políticos”. 
Posso, então, estar dando esta interpretação com "má-fé ou propósitos menos nobres" por não encontrar justiça na decisão do Supremo (embora exista o direito). Na minha simples e pequena visão jurídica, entendo que, diante da causa de pedir aberta existente também nos Recursos Extraordinários, valeria seguir o posicionamento divergente, fazendo uma aplicação razoável entre os princípios constitucionais e o anseio social, conforme posicionamento dos ministros: Cármen Lúcia (que entendeu não ter a LC criado desigualdade entre os candidatos, pois todos foram para as convenções, em junho do ano passado, já conhecendo as regras estabelecidas), Ricardo Lewandowski, (para ele a norma tem o objetivo de proteger a probidade administrativa e visa a legitimidade das eleições, tendo criado novas causas de inelegibilidade mediante critérios objetivos), Ellen Gracie (para ela, inelegibilidade não é nem ato nem fato do processo eleitoral, mesmo em seu sentido mais amplo. Assim, o sistema de inelegibilidade – tema de que trata a Lei da Ficha Limpa – estaria isenta da proibição constante do artigo 16 da Constituição), Joaquim Barbosa (que, no cotejo entre o parágrafo 9º do artigo 14 da Constituição Federal , que inclui problemas na vida pregressa dos candidatos entre as hipóteses da inelegibilidade, e o artigo 16 da CF, que estabelece o princípio da anterioridade, fica com a primeira opção) e Ayres Britto (ponderou que a Lei Complementar nº 135/2010 é constitucional e decorre da previsão do parágrafo 9º do artigo 14 da CF. Segundo ele, faz parte dos direitos e garantias individuais do cidadão ter representantes limpos).
Será que toda essa vinculação ao art. 16 da CF/88, tem alguma relação com a PEC dos Recursos, apresentada pelo presidente do STF, no dia 21 deste mês, e que fará parte do III Pacto Republicano? Não, definitivamente isso seria impossível. Acho que não estou entendendo bem as coisas e vendo "chifres na cabeça de cavalo". 
De qualquer forma, fica a sensação de que passaram, mais uma vez, "as pernas" na sociedade. :(

fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=175082