sexta-feira, 5 de agosto de 2011

NÃO QUERENDO ME PERDER...

- Lídice, não há nada de mal, você só vai sair, parece mais que vai à forca, de tão apreensiva. Essa foi a frase que ouvi de uma amiga do trabalho ao perceber em meu rosto uma aflição que não condizia com o que ocorrera uns dias atrás, quando fui convidada para comemorar o aniversário de uma amiga. Na terça-feira eu fiquei eufórica, iria a um lugar que nunca havia ido, seria interessante, renovador. Iria conhecer pessoas, conhecer como as pessoas por aí se divertem (já que minha forma de diversão é quase estática), seria um marco na minha vida.
No entanto, a sexta-feira chegou e eu acordei com a sensação de: e agora? Não tinha mais como voltar atrás, tinha que ir mesmo. E a roupa...qual seria a roupa ideal? Ai, ai, ai. Não sei me arrumar para esses locais. Me atrasei toda para chegar ao trabalho, por ter que selecionar e levar tudo, já que de lá eu iria ao ortodontista e posteriormente para casa da amiga que me convidou. Saí e voltei para casa umas três vezes por esquecer algo. Tentei retirar um pouco do tanto de coisas que levava, por estar exagerado. Depois, finalmente, consegui sair de casa.
Todavia, fiquei pensando no porquê dessa minha ansiedade e agonia. Sei que isso é medo. Mas medo de quê? Foi aí que eu percebi, enquanto o expediente laboral andava, que o meu medo era de me perder. Vou explicar melhor. O mundo é novo pra mim, embora tenha 32 anos, pois muitos desses anos vivi em outra realidade. Adentrar nessa nova forma me faz ter medo de perder meu equilíbrio. E acreditem, eu o falo em diversos aspectos.
O mundo anda em outro compasso, tem outros valores. Equilibrar o que quero para mim com o que o mundo tem oferecido significa não me perder. Não me perder é não aceitar tudo, também não recusar tudo. É valorizar o hoje, mas também pensar em plantar para o amanhã. É me divertir sem causar dano (a mim ou a  outrem). É experimentar coisas novas, vivenciar o novo, sem que com isso eu perca a minha essência, a minha identidade, o que há de bom em mim. Não me perder também significa entender que faço parte do mundo, que sou humana e que não sou diferente de quem quer que seja. É simplesmente tomar a posição certa e viver, sem estar acuada, sem barreiras que impeçam coisas boas de acontecerem, sem medo de viver experiências, sem temer errar para aprender.
Enfim, a noite chegou e fomos comemorar mais um ano de vida de minha amiga. No início fiquei um pouco destreinada, achei muita coisa estranha, mas fui me acostumando. O lugar? Foi no D. Carolina, na noite sertaneja. O que iria tocar? Não tinha a menor ideia, mas ao chegar lá tive apenas a vontade de me divertir, sorrir, compartilhar momentos bons com as amigas de minha amiga...kkkkkkkk. No fim, sobrevivi à primeira balada da minha vida.  Hoje faz oito dias e nada melhor que reconhecer: mundo, estou viva!

4 comentários:

  1. Se divertir é sempre muito bom, principalmente quando compartilhamos com pessoas amigas. Que venham outras baladas, e que tenham o mesmo sentido da primeira, ou seja, se divertir, conhecer novas pessoas e não ter medo do que virá. Parabéns, siga em frente seus temores ficarão para trás. Sugestão, não chegue mais atrasada no trabalho.

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  2. Claro, querido!!! O problema é sempre a primeira vez, na próxima você me verá cedo no trabalho...kkkkk. Bjs Fê.

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  3. No mínimo isso foi Nando quem escreveu..
    Nandoooooooooooooooooooooo!!!!

    Lídice, parabéns pelo seu blog.
    Pelo visto, trocaresmos figurinhas..pois tb adoro escrever..

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